Oração de Santa Gertrudes

Nosso Senhor disse a Santa Gertrudes, a Grande, que a seguinte oração libertaria 1000 almas do purgatório cada vez que a mesma fosse rezada. Esta oração foi extensiva também a pecadores ainda em vida.
aa
Eterno Pai, Ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Rio+20 e a Nova Ordem Mundial - Parte II ESCRITO POR SAULO DE TARSO MANRIQUEZ | 23 JUNHO 2012




Diversos grupos e diversas ONGs que participaram da Rio+20 estão imbuídos da mentalidade da Nova Era e, de forma clara, aderiram à espiritualidade e à educação gaiana. A educação gaiana, a Gaia Education, é um projeto global que tem por escopo capacitar pessoas para a "sustentabilidade".

No artigo anterior afirmei que a Rio+20 é um evento inserido na agenda da Nova Ordem Mundial, a qual propõe uma espiritualidade anticristã, o abortismo, a supressão gradual das liberdades civis e da soberania dos Estados. No presente artigo procurarei apresentar mais fatos e informações a respeito.
1. Construindo uma nova espiritualidade 
Os construtores da Nova Ordem Mundial sabem que não podem abolir as religiões da face da Terra. O apelo à transcendência está presente em todas as sociedades humanas. Para contornar essa impossibilidade, os planificadores globais promovem a nova religião, a chamada Nova Era.
A Nova Era não é propriamente uma religião, mas tão somente um simulacro de religião, que se apropria indevidamente de elementos de diversas tradições religiosas e os mistura com um discurso pretensamente “científico” e com técnicas psiquicas, mantras, programação neorolinguística e autoajuda. Trata-se de uma “religião” biônica e universal criada em laboratório com vistas a suprir a demanda religiosa durante a construção da Nova Ordem Mundial. Em tempo hábil, a Nova Era será descartada, mas enquanto isso não acontece, ela servirá como um pano de fundo religioso legitimador da governança global. A Nova Era precede o pesadelo tecnocrático e científico de Aldous Huxley em o Admirável Mundo Novo.
A Nova Era não é uma “religião” institucionalizada, com um corpo coeso de doutrinas e ritos, ela é um movimento e, enquanto tal, já possui - por força dos inúmeros grupos, seitas e submovimentos que para ela concorrem - certa autonomia, ou seja, já se apresenta como um simulacro suficiente de religião nesses tempos de materialismo cafona e conta com número significativo de adeptos.

Contudo, a Nova Era ainda precisa parasitar as grandes tradições religiosas, ou para corroê-las por dentro ou para fisgar novos adeptos à nova espiritualidade global.

Engana-se quem pensa que a Nova Era limita-se a parasitar as filosofias e as religiões orientais e as crenças animistas. Na atual etapa, a Nova Era é usada para forjar a unificação das religiões e para isso se infiltra também nas religiões do ramo semítico, mormente no Cristianismo[1].

A construção de uma “religião” global passa pela promoção de um ecumenismo indecente entre as tradições religiosas e pelo resgate de mitos antigos como o mito de Gaia.

Por meio da Hipótese de Gaia James Lovelock, um dos founding fathers do aquecimentismo antropogênico[2], não apresentou somente uma hipótese científica pela qual se considera a Terra um ser vivo em busca de seu autoequilíbrio, mas também resgatou o mito de Gaia, a Terra, ou Mãe Terra, mito esse que veio a ser usado no bojo da nova espiritualidade da Nova Era.

Na Teogonia de Hesíodo, Gaia é uma divindade, uma potestade ou divindade originária[3].

Pode-se dizer que o culto a Gaia serve a uma concepção panteísta de Deus. No entanto, nesse culto a própria ideia de Deus acaba sendo deixada de lado, pois o que se cultua não é um suposto deus na natureza, imanente, mas a natureza em si: diviniza-se a natureza.  
O culto a Gaia se presta a dois fins imediatos: além de romper com a noção de transcendência, acaba por suprir a demanda feminista por um sagrado feminino
A noção de transcendência que se perde é a noção de que existe um Deus criador, que embora também seja imanente, está para além do tempo, além do mundo e de sua criação. Ao se perder essa noção, o homem deixa de se sentir uma criatura que tem sua própria relação com o transcendente. Na linguagem new ager ou somos todos deuses ou somos uma massa celular compactada regida quase que exclusivamente por reações bioquímicas e ou por “energias”[4]. O próprio Deus - quando permitem falar Dele - é reduzido a uma mera energia.
Entretanto, essa perda deixa um vácuo que precisa ser preenchido por uma transcendência artificializada. É por essa razão que os movimentos new agers se valem de correntes místicas e esotéricas ou pseudo-esotéricas das mais diversas com o fito de promover uma suposta “iluminação”.
A Nova Era é tida como a era do “novo tempo”, a Era de Aquários, a Era pós-cristã.
E qual é a relação da Rio+20 com essa história?
Só com uma olhada rápida e descuidada é difícil identificar com clareza a relação da Rio+20 com a Nova Era. No entanto, quando se vai um pouco mais a fundo a relação começa a se tornar evidente.
Diversos grupos e diversas ONGs que participaram da Rio+20 estão imbuídos da mentalidade da Nova Era e, de forma clara, aderiram à espiritualidade e à educação gaiana. A educação gaiana, a Gaia Education, é um projeto global que tem por escopo capacitar pessoas para a "sustentabilidade".  No Brasil, a educação gaiana é promovida pela ONG Terra UNA. A Gaia Education e seus representantes brasileiros estão na Rio+20.
Mas o que mais evidenciou a relação da Rio+20 com a Nova Era foi a Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, que foi

“um evento organizado pela sociedade civil global que acontecerá entre os dias 15 e 23 de junho no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro – paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (UNCSD), a Rio+20”[5].

Na Cúpula dos Povos foi montanda uma Tenda chamada Gaia Home, na qual froam realizados rituais que mostraram bem a nova espiritualidade que orienta a Rio+20.
Dança da Paz na Rio+20
Não se pode dissociar essas iniciativas notoriamente religiosas, ou melhor, pseudo-religiosas, com as atividades da URI (United Religions Initiative), que é hoje um tentáculo da ONU. No entanto, ações as quais dá suporte são observadas desde o século XIX, visando, em nome da tolerância e pluralidade religiosa, neutralizar a influência das grandes religiões; o principal alvo é o cristianismo, bem como fortalecer idéias como o controle populacional, uma “ética global” coletivista, e reduzir as religiões à mera militância em prol “de um mundo melhor”, ao mero ativismo social.

O livro de Lee Penn, False Dawn, traz praticamente tudo o que é necessário saber a respeito da URI, e logo se percebe porque eventos como a Rio+20 são como são.
A nova espiritualidade global é uma espiritualidade sem Deus; é uma espiritualidade onde não há pecado, nem pecadores, mas tão somente semi-deuses “iluminados” e “libertos”, partícipes da ”nova consciência universal” definida de antemão pelos novos Concílios Ecumênicos, formados pela ONU e pelas ONGs (cujos líderes são como patriarcas que representam a massa dos fiéis da sociedade civil global).
2. Aborto para a sustentabilidade
A legalização do aborto por todos os cantos do mundo é um dos objetivos mais caros da agenda da Nova Ordem Mundial.
O aborto em escala global é defendido e patrocinado por diversos atores da Nova Ordem Mundial (ONU[6], OMS[7], Fundação Ford[8], etc.).  
A Rio+20 – conforme fora destacado no artigo anterior – faz parte da agenda da Nova Ordem Mundial. Por essa razão, as ONGs, as representantes da “sociedade civil global” na Rio+20, defenderam a legalização do aborto como uma medida necessária para a promoção do desenvolvimento sustentável[9].
A defesa do aborto por ONGs visa dar a impressão de que é a sociedade que almeja a prática “sustentável” do aborto.
Essa postura das ONGs na Rio+20 não deve causar espécie. As ONGs globalistas, muito bem financiadas por fundações bilionárias, estão fazendo o que foram pagas para fazer; estão atendendo, pavlovianamente, ao chamado de seus senhores.
Doravante, já se pode falar em “aborto verde”, “aborto sustentável” ou, quiçá, “bioaborto”.
3. “Governança Mundial”   
A soberania dos Estados é um óbice para a construção de uma Nova Ordem Mundial e de um Governo Mundial. Os globalistas não se cansam de criar estratégias para superar o conceito “retrógrado” de soberania. Em novilíngua, é preciso “avançar”...
O globalismo de cepa ocidental é sofisticado, sedutor, e forjado com muita paciência. Esse globalismo não é propriamente uma novidade[10], no entanto, sua efetiva articulação é mais recente.
Da década de 1950 para cá é possível se constatar o fortalecimento e a aceitação do discurso globalista. Contudo, a propositura de um Governo Mundial propriamente dito só surge na década de 1990[11].
Para tornar palatável a ideia de um Governo Mundial os globalistas inventaram a expressão eufemística “Governança Global”.
Como tentáculos da Nova Ordem Mundial, as melancias totalitárias reunidas na Rio+20 promovem abertamente a dita “governança global”.
Os mentores do governo mundial viram na questão ambiental um meio eficaz para legitimar a criação de um poder global centralizado. Para tanto, exploram-se até a exaustão problemas transfronteiriços (p. ex.: chuva ácida, questão dos refugiados ambientais, etc.) e ou regionais com vistas a transformá-los em problemas globais que demandam soluções globais. Assim, foram elaborados uma série de documentos enfatizando a “necessidade” de uma Governança Global para se proteger o meio ambiente e se promover o desenvolvimento sustentável.
Porém, antes de defenderem enfaticamente um Governo Mundial os planejadores globais destacaram a importância de haver uma Organização Mundial para o desenvolvimento sustentável. Assim, em 2002, o relatório International Sustainable Development Governance.The Question of Reform: Key Issues and Proposals da Universidade das Nações Unidas já defendia a centralização política da questão ambiental na World Environment Organisation (WEO).
Na esteira desse relatório foram elaborados outros relatórios: em 2008, o International Institute for Sustainable Development (IISD) publicou um texto chamado Governança Ambiental Global: Quatro Passos para Coerência segmentada: Uma Abordagem Modular e em 2010, o Instituto Fritjof Nansen publicou o relatório International Environmental Governance; também 2010 o Stakeholder Forum elaborou, já visando a Rio+20, o Artigo de Discussão 1: Governança Internacional para o Desenvolvimento Sustentável e Perspectiva Iniciais para Rio +20.

Superada a fase preparatória, os globalistas já se permitem falar em Governança Global sem, contudo, os usuais e limitantes subtítulos. Nesse sentido, merecem destaque as Propostas Para uma Nova Governança Mundial, as quais foram elaboradas tendo em vista a Conferência Rio+20[12]. Dentre as propostas vale destacar a instituição de um Tribunal Internacional do Meio Ambiente e a constituição de uma força armada mundial independente dos Estados.

Por fim, merece destaque o texto Caminhos e Descaminhos para a Biocivilização  disponibilizado pelo Portal Rio+20. O texto propõe uma transformação no paradigma civilizatório no sentido de se criar uma Biocivilização. O texto fala em “desprivatização da família”, critica uso de carros, manifesta indignação com os sistemas de segurança e vigilância dos prédios e condomínios (vistos como meios de exclusão social), traz a propriedade privada intelectual como um elemento “negador de humanidade”, defende que o “princípio da propriedade individual da terra” deve ser posto radicalmente em questão e, por fim, defende “o diálogo intra e inter movimentos que permita sínteses novas combinando tudo o que significa o bem viver dos povos indígenas,com o cuidado das feministas (???), o conhecimento compartilhado das plataformas do software livre e do copyleft, da agroecologia e economia solidária, sem contar o que vem da ecologia profunda e a ética ecológica”. O diálogo entre os diversos “sujeitos coletivos” é tido como “um novo modo de fazer política”; um “mosaico dinâmico e de múltiplas possibilidades da nascente cidadania planetária”.
4. Declaração final da Rio+20 – “The future we want”
A declaração final da Rio+20, The future we want, por ser uma declaração oficial, adota, ardilosamente, um tom leniente. A Declaração, de forma estratégica e sedutora aponta a necessidade de se erradicar a pobreza, coloca o ser humano no centro do desenvolvimento sustentável e reafirma a importância da liberdade, da segurança, do estado de direito e dos direitos humanos, dando assim, a impressão de que se trata de um evento voltado tão somente para resolução de problemas e para a valorização da vida humana. Isso é só estratégia discursiva.
A Declaração Final da Rio +20 reafirma os princípios da Rio 92 e os planos de ação anteriores, ou seja, reafirma a agenda novordista que a precedeu. Destarte, traz novamente o discurso da necessidade e urgência de se enfrentar as mudanças climáticas e, alinhada com as propostas anteriores de redução da população mundial, enfatiza a promoção do planejamento familiar e dos direitos sexuais e reprodutivos de mulheres e jovens:

Reafirmamos nuestro compromiso con la igualdad entre los géneros y la protección de los derechos de la mujer, los hombres y los jóvenes a tener control sobre las cuestiones relativas a su sexualidad, incluido el acceso a la salud sexual y reproductiva, y decidir libremente respecto de esas cuestiones […].
A defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres é uma forma sofisticada de se promover a agenda abortista.
Quanto à promoção de direitos sexuais aos jovens, vale dizer que há aí a tentativa de retirar a autoridade dos pais sobre seus filhos. O objetivo é fazer com que os jovens exerçam, precocemente e sem quaisquer impedimentos, a sexualidade. Eis aí uma aplicação concreta da “desprivatização” da família.
Ademais, a Declaração reconhece a importância internacional da expressão “Mãe Terra” (“Madre Tierra”).  
Conclusão:Tal como Hitler, Stálin e Mao, as melancias totalitárias propõem um novo homem e uma nova civilização.
A Rio+20 não é um evento espiritualmente neutro, afinal a ONU não é, e a existência da URI é prova disso. Ela está alicerçada num projeto que visa construir uma nova espiritualidade global.
Nessa espiritualidade, o ser humano é colocado no mesmo plano das galinhas e das árvores. Na Nova Era, a morte de um ser humano é análoga a uma espinha que estoura, ao furúnculo que é expelido. É por isso que as ONGs defenderam o aborto como uma prática sustentável. Matar bebês no ventre de suas mães, nesses tempos de duplipensar, não é violência é “não violência”, é paz.
Os biocidadãos new agers se postam contra as guerras e promovem uma cultura de “paz” e “não violência”, o que parece ser uma coisa bonita, pois afinal, quem é que gosta de guerra, dor e sofrimento? Contudo, a sustentabilidade new ager, “gaiana”, não dispensará o uso da força para se impor. Um exército mundial certamente será o braço armado da solução ambiental global que marchará contra os povos, as religiões e os Estados não dispostos a se prostrar perante um poder temporal, global, ilegítimo e antidemocrático.   
A despeito de eventuais propostas bem intencionadas e razoáveis, a Rio+20 é um evento enraizado numa cosmovisão desumanizadora e totalitária.
O espetáculo de bom mocismo e engajamento cidadão da Rio+20 é falsa luz é falsa paz. É a paz sem Deus; é a paz da Nova Ordem Mundial; é a paz do Governo Mundial.  

Notas:
[1] Para se ter uma ideia do grau de infiltração da Nova Era dentro do Cristianismo – e também no Judaísmo, diga-se – basta notar que há uma organização chamada National Religious Partnership for the Environment, uma coalisão inter-religiosa que envolve judeus, católicos, protestantes e ortodoxos em torno da “causa” do meio ambiente. Já há quem denuncie que a organização está tentando inculcar nas pessoas o culto a Gaia. Outro exemplo trágico é a Campanha da Fraternidade de 2011, cujo hino oficial chama a Terra de “Nossa mãe” e, incorporando plenamente o conceito de Gaia trazido por Lovelock, diz que a Terra é uma “criatura viva” que “respira, se alimenta e sofre”.
[2] Recentemente James Lovelock admitiu que suas projeções alarmistas estavam equivocadas.
[3] Cf. HESÍODO. Teogonia: a origem dos deuses. São Paulo: Iluminuras, 2007.
[4] Eric Voegelin provavelmente enxergaria esse processo como um processo de “rebaixamento da substância de ordem do logos, na hierarquia ontológica, para o nível das substâncias orgânicas e dos impulsos” (VOEGELIN, Eric. Bases morais necessárias à comunicação numa democracia. Caderno de Ciências Sociais Aplicadas, Curitiba, n. 5, 2002, p. 09-10). 
[6] A título de exemplo, vale a pena conferir o seguinte documento: Human Rights Committe - Second Periodic Report - CCPR/C/BRA/2004/2 - 11 April 2005. Disponível em: http://www.unhchr.ch/tbs/doc.nsf/0/1cfb93fe59fa789ec125703c0046a987/$FILE/G0541019.pdf
[7] Cf. ESSIG, Andrew M. The World Health Organization’s Abortion Agenda. New York: IORG, 2010.
[8] A própria Fundação Ford reconhece seus financiamentos ao movimento pró-aborto. Para conferir isso, basta procurar pelos relatório anuais dessa fundação (Ford Foundation Annual Report) e fazer uma busca com as expressões “abortion” e “reproductive rights”.
[9] Cf.: http://g1.globo.com/natureza/rio20/noticia/2012/06/na-rio20-ongs-estrangeiras-defendem-legalizacao-do-aborto.html
[10] Kant, em seu opúsculo dedicado À Paz Perpétua, já propunha no segundo artigo para a paz perpétua que “o direito internacional deve fundar-se em um federalismo de Estados livres”, o “Estado dos povos, que por fim viria a compreender todos os povos da terra”[11]. Ora, o “Estado dos povos”, de todos eles, reunidos sob um “federalismo de Estados livres”, em uma ordem internacional só pode significar uma Federação Mundial que demanda necessariamente um Governo Mundial (Cf. KANT, Immanuel. À paz perpétua. Porto Alegre, RS: L&PM, 2008, p. 31 e 36).
[11] Um dos primeiros discursos abertos e, por assim dizer, “oficiais” (no âmbito da ONU), no sentido de se construir um Governo Mundial é o texto de Jan Tinbergen encontrado no Human Development Report 1994. Nesse texto Tinbergen diz: “Mankind’s problems can no longer be solved by national governments. What is needed is a World Government. This can best be achieved by strengthening the United Nations system” (UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Human development report 1994. Disponível em: http://hdr.undp.org/en/media/hdr_1994_en_chap4.pdf).
[12] IBASE/FÓRUM PARA UMA NOVA GOVERNANÇA MUNDIAL. Propostas para uma Nova Governança Mundial. Disponível em:  http://rio20.net/wp-content/uploads/2011/07/Propuestas_nueva_Gob_mundial_PT.pdf

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Rio+20: besteirol totalitário e anticristão



“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.”
Salmo 127:3
“O homem não é mais importante que qualquer outra espécie… Pode ser que nossa extinção conserte as coisas”.
David Foreman, porta-voz da Ong ‘Earth First!’
Uma das grandes palhaçadas desta Rio+20, além da insistência na tese furada do “aquecimento global” por conta do melancia-mor Gorbachev e sua trupe, foi a conclamação, da parte dos integrantes de 105 academias de ciência (ligadas à IAP), para que chefes de estado presentes ao evento elaborem um plano mundial para a diminuição da população do planeta. Para lá de duvidosa no que diz respeito às suas intenções e fundamentação científica, e sabendo que o Clube de Roma já fazia previsões escabrosas na década de 70 e nada se cumpriu, a proposta lembra-me os mandamentos secularistas das Pedras da Geórgia, monumento de autoria misteriosa (um tal R. C. Christian, pseudônimo) que nem por isso deixa de ter seus postulados defendidos por celebridades e no qual há notórias correlações com seitas pagãs e orientais. De acordo com o próprio monumento, foi erigido com o patrocínio de “um pequeno grupo de americanos que segue ‘a idade da Razão’”.
Na lição de casa que o monumento deixa para toda a humanidade, consta manter a população para um índice abaixo de 500 milhões de pessoas, “controlar a reprodução sabiamente”, e “não ser um câncer sobre a terra” deixando espaço para a natureza.
Vale destacar que nada disso é novo e intelectuais de esquerda no mundo inteiro já manifestaram anteriormente apoio a tais ideias.
Se você perguntar se não era pensando nas gerações futuras que se realizam encontros dessa espécie, tudo aponta para uma resposta: a solução encontrada é salvar o planeta acabando com as gerações futuras. É a cultura da morte, mais uma vez aí. Pessoas que não foram infectadas pelo vírus mental do ecofascimo podem até rir, mas é sempre bom ter em mente: entre progressismo globalista e lógica nunca há afinidade. Que o digam os milhares de cientistas que refutam a tese do aquecimento global, como os 17 mil (atualizando: hoje são 31.487, leia nota ao fim do artigo) que assinaram a Petição do Oregon e os brasileiros Luiz Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício.
Pois bem. Entre as propostas dos belezuras do IAP está exatamente o controle do tamanho das famílias, o que nos remete direta e necessariamente aos abortos forçados na China comunista. Agora as feministas, as que se dizem vadias e outros progressistas poderão celebrar: podem evocar, sinistramente, finalidades sócio-ambientais para se matar nascituros. A conversinha destes cientistas é exatamente a mesma das “vadias”: “saúde reprodutiva”, “programas de planejamento familiar”, etc..
Outra manifestação de “amor” pelo planeta e pelos seres humanos (o potencial “câncer” das Pedras da Geórgia) evidencia-se na proposta de fazer com que os velhos trabalhem até a morte. Sim, defendem o fim das aposentadorias, pois haverá cada vez menos jovens disponíveis no mercado.Sacumé, a vida continua. Elite globalista ecossocialmente responsável que se preza quer serviços públicos e privados (se existirem…) funcionando no máximo da capacidade e eficiência… A conversa mole é esta: “melhorar a qualidade de vida dos idosos e criar novas oportunidades para que ele continue a contribuir para a sociedade.” Sei.
Charles Godfrey, membro da British Royal Society e um dos manda-chuvas da IAP afirmou: “Por muito tempo, população e consumo foram excluídos do debate devido à sua natureza sensível, da política e ética. Estas são questões que afetam tanto os países desenvolvidos como os que estão a se desenvolver, e devemos assumir esta responsabilidade.” Para mim, o que Godfrey afirma tem um sentido claro: “até um tempo atrás, as pessoas se preocupavam mais com besteiras como a sacralidade da vida, e outras frescuras religiosas e filosóficas. Agora o mundo está mais próximo do colapso e quem nasce e quem morre é assunto para nós, os especialistas verdes. Dá licença”.  Como se vê,  Charles Godfrey é mais um daqueles que afirma candidamente e seguro de si: “o mundo será melhor se eu der as cartas”.
Estou esperando alguma objeção, algum protesto, algum “vamos com calma!”, para essas sandices de alguém que de alguma forma, está envolvido com as atividades da Rio +20. Pode ser um ongueiro, um religioso, um maconheiro vegan que seja. Até agora não me chegou nada.
É nisso que dá essa mistureba entre tecnocracia, socialismo, secularismo anticristão, cientificismo e neopaganismo panteísta que faz a cabeça desse gente que atua na ONU, nas ONG´s, e nas fundações multimilionárias financiadoras dessa piada demoníaca que é a implantação de um governo mundial. É nisso que dá deixar gente como Leonardo Boff, Fritjof Capra, Marina Silva, e entusiastas de autores como Malthus, Madame Blavatski, Aleister Crowley e Alice Bailey conversando por muito tempo e ganhando dim-dim das Fundações Ford, Rockefeller, Carneggie, do George Soros, etc..
Ao menos fica claro, além do viés totalitário do ambientalismo – já denunciado há anos por autores como Pascoal Bernardin – o anticristianismo descarado dos ecofascistas. A maioria deles é ocidental: foi criado num ambiente em que princípios cristãos tiveram uma influência decisiva na formação da sociedade, na cultura e no estamento jurídico. Eles sabem contra quem estão se voltando. Muitos sabem que abrem mais precedentes para que a perseguição cultural à fé cristã recrudesça.
Afinal, no ecumenismo da ONU, não há lugar para quem crê que “filhos são herança do Senhor”; que Deus fez a Terra para o homem, para que este a domine; que Deus, sendo o Autor da vida, é o único que pode tirá-la, e que como Criador e Senhor da história humana, fez um planeta forte o suficiente para agüentar até o fim dos tempos. E que também dá diretrizes ao homem em relação ao cuidado com o meio ambiente, mas que jamais trocaria a vida de um bebê pelo universo inteiro.

Nota:
17 mil cientistas eram em 2007. Atualmente, a Petição do Oregon tem o apoio de 31.487 cientistas, dentre os quais 9.029 PhD's.  Links: http://www.oism.org/s32p31.htm e http://www.petitionproject.org/index.php.


domingo, 17 de junho de 2012

Rio+20 = Genocídeo

O esquem do texto do link que eu estou indicando para leitura é simples:
- não é preciso dominar as massas, basta dominar quem as domine!

Neste encontro Rio+20, estão tentando implementar o tal Plano de Ação de Hyogo, que trocando em miúdos é o uso sistemático daqueles que Lenin denominava Idiotas Úteis; ou seja treinando estas pessoas para "dedarem" quem resistir a finalidade última deste plano, que é a Nova Ordem Mundial! 

E pasmem, para controlar os problemas climáticos, terremotos, tsunamis, nevascas, secas, tornados e o bendito aquecimento global a sugestão é o Genocídeo: aprovação  ampla do aborto, eutanásia ...

Clique no link abaixo e leiam:

http://www.visaomundial.org.br/files/documentos/6af026d8961a9a21283a77ce57f49778.pdf

domingo, 3 de junho de 2012

A verdade sobre as Cruzadas


O Primado do Papa 
 Na grande diversidade de nações da Europa na Idade Média havia um traço de união entre todos os reinos: a profissão da mesma fé católica. Este, segundo Régine Pernoud, foi o grande fator que fez surgir a Cristandade que se concretizava no Sacro Império Romano-Germânico. Todas as nações da Europa pertenciam, em tese, ao Sacro Império, e o seu chefe político era escolhido dentre os príncipes cristãos, pela Dieta ou assembléia dos dignitários. O primeiro imperador foi Otão I, em 962. Como a religião era denominador comum, ao Papa competia o magistério espiritual do Sacro Império: como chefe da Igreja, ele intervinha no Império todas as vezes em que as leis afetassem a moral cristã. Não raro também era invocado como árbitro supremo nas questões políticas; esse costume se estendeu até os tempos modernos, pois Alexandre VI resolveu a pendência entre a Espanha e Portugal pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Quando o Imperador alemão Henrique IV investiu sacerdotes indignos em bispados alemães, o Papa São Gregório VII o excomungou, desligando seus súditos da obediência a ele devida. Foi então que Henrique IV dirigiu-se ao castelo de Canossa com trajes de peregrino, em noite de inverno, para pedir perdão ao Papa por seus crimes de venda dos cargos eclesiásticos (simonia). Joseph De Maistre esclarece que “os papas não disputavam aos imperadores a investidura feudal, mas sim a investidura episcopal”, pelo báculo e pelo anel, para que os benefícios eclesiásticos não se convertessem em feudos políticos. O ato simbólico de Henrique IV, na neve, em Canossa (1077), foi o marco da supremacia do Papa sobre os poderes temporais, na Idade Média. 2. O perigo islâmico: as Cruzadas, uma guerra defensiva As Cruzadas são apresentadas por alguns historiadores como guerras de conquista da Europa contra os árabes. Mas não é bem verdade. As Cruzadas surgiram porque os países árabes, depois de unirem todas as tribos numa mesma nação islâmica continuaram a luta pelo poder total de Alá e seu Profeta, marchando em direção aos Balcãs e à península ibérica. Desde o século VII que os adeptos da doutrina muçulmana, ou Islamismo, liderados por Maomé — que intitulava a si próprio “Profeta de Alah” —, iniciaram a Guerra Santa, conquistando a Arábia, a Palestina, ocupando os Lugares Santos de Belém, Nazaré e Jerusalém, depois o Egito e daí passando à Espanha, onde foram chamados “mouros”. Daí surge o antagonismo. Eles ameaçaram Constantinopla, e acabaram por tomá-la no fim da Idade Média. Ameaçaram a Espanha, onde queriam entrar e por séculos o vinham tentando. Dominaram o norte da África, e começaram a proibir o acesso aos lugares santos. Assim, a Europa estava praticamente cercada pelos turcos. E foi isso que motivou as Cruzadas. Eram consideradas como uma guerra defensiva, portanto justa; consequentemente, os cavaleiros partiam com a consciência tranquila, pois não se tratava de uma guerra de conquista.

                                                       Batalha de Ascalon, no caminho para libertar Jerusalém

As perseguições aos romeiros

Em 1070 os turcos haviam tomado Jerusalém aos árabes e começaram então as perseguições e profanações que os peregrinos narravam com cores vivas no Ocidente. Nessa época, um piedoso peregrino chamado Pedro d’Amiens, ao retornar da Terra Santa, foi ter com o Papa Urbano II a fim de descrever-lhe os vexames dos cristãos na Palestina e profanação dos lugares santos pelos infiéis.
J. F. Michaud nos diz que Urbano II fora informado de um ataque iminente a Constantinopla. Decidiu, pois, passar ao ataque do campo inimigo. Por este motivo, o Papa convocou o concílio de Clermont (1095), ao qual compareceram muitos príncipes do Ocidente. Lá compareceu também Pedro d’Amiens e expôs com tal emoção a triste situação do país de Cristo que todos os circunstantes, em lágrimas, romperam num grito uníssono de fé e coragem: “Deus o quer! Deus o quer! “.
Ocorre que antes da definição e concretização das metas, Pedro, o Eremita e um cavaleiro apelidado Gauthier Sans-Avoir (Gualter Sem Tostão, o que nos dá uma ideia de sua falta de recursos ) ,anteciparam-se aos planos do Papa Urbano II e partiram para o Oriente com uma massa de 17.000 pessoas ignorantes, pobremente equipadas e sem nenhuma experiência militar. Foi um movimento paralelo e independente que partiu em direção à Niceia sem o prévio consentimento do Papa, chamado “cruzada do povo”. Após uma travessia caracterizada por desordens, violências e epidemias, foram completamente trucidados pelos turcos quando atacaram aquela cidade. Por isto, não se considera este movimento como a primeira cruzada, que teve seu início em 1096, portanto, no ano seguinte. (seu nome foi tirado do símbolo da Cruz Vermelha, que lembra o preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor , lá derramado, em campo branco, representando seu Puríssimo Corpo, por nós crucificado.)

                                                                 Godofredo de Bouillon ou Bulhões

O absurdo da “razão única de ordem econômica”
É preciso frisar isto, porque aqui não são os filmes nem os romances que estão dando uma ideia distorcida da Cavalaria, mas os próprios historiadores que dizem que os cavaleiros iam para o Oriente em busca de riquezas, fortuna, glória. Glória acreditamos que sim, mesmo porque estava dentro do espírito deles. Mas… riqueza e fortuna, como e onde? Será que iriam deixar a França e a Inglaterra, onde tinham castelos, terras, mulheres e filhos, e criadagem à sua disposição, para navegar naqueles barquinhos, que mais pareciam casca de noz, e atravessar o que eles chamavam de “Mar Tenebroso”? (Acreditavam que o mar acabasse a certa altura… de repente; logo surgiam a cachoeira e o naufrágio…) E nem sequer sabiam o que vinha depois da África! Aventurando-se completamente naqueles pequenos barcos para chegar a um deserto terrível, com um calor a que não estavam acostumados, e encontrar um povo de língua estranha — para conquistar o quê? O que eles iriam ganhar do ponto de vista econômico ao deixar os seus bens na Europa?
Se não entendermos os objetivos da Cavalaria medieval, não conseguiremos entender as Cruzadas; porque, do ponto de vista econômico, era um malogro total. Não eram apenas cavaleiros de classes humildes que iam para a Terra Santa. Reis e príncipes abandonavam seus tronos e iam também, como foi o caso de Ricardo Coração de Leão, Felipe de França e tantos outros. Assim, não é possível explicar essa guerra apenas sob o prisma econômico. E isso se coloca tão-só como observação, pois sabemos que, de tempos em tempos, surge um ou outro historiador querendo defender a tese de que “a grande razão de ser das Cruzadas era a conquista de bens materiais”; quando, pelo contrário, parece-nos que até estavam perdendo esses bens.

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Ilustração da Batalha de Ascalon, no caminho para Jerusalém

5. A motivação principal: a Fé
Como reflete o Professor Roberto De Mattei:
“Na catedral, os cristãos se reuniam em torno do padre que celebrava a missa em um altar olhando para o Oriente e renovava, sem derramamento de sangue, o máximo mistério do cristianismo: a Encarnação, Paixão e morte de Jesus Cristo. Nas Cruzadas, as mesmas pessoas pegavam em armas para libertar a Cidade Santa de Jerusalém que caíra nas mãos dos maometanos. O túmulo vazio do Santo Sepulcro, junto com o Santo Sudário, são testemunhos vivos da Ressurreição e as mais preciosas relíquias da Cristandade. A primeira Cruzada foi pregada em decorrência da meditação das palavras de Cristo: ‘Se alguém quiser vir comigo, renuncie-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me’ (Mt 16, 21-27). Aquela mesma Cruz, em torno da qual se reuniam as pessoas nas catedrais, foi estampada nas vestes dos cruzados e exprimia o ato pelo qual o cristão se mostrava disposto a oferecer sua vida pelo bem sobrenatural do próximo brandindo suas armas. O espírito das Cruzadas era, e continua a ser, o espírito do cristianismo: o amor ao mistério incompreensível da Cruz.” (Apologia da Cruzada )

E conclui o mesmo professor italiano : “Expurgar a idéia de Cruzada da ‘plataforma programática’ pessoal significa banir a própria ideia do combate cristão.”
O ensinamento de que a vida espiritual é uma luta está especialmente desenvolvido nas cartas de São Paulo. Em muitos lugares delas encontram-se metáforas e imagens tiradas da vida do guerreiro. O Apóstolo explica como a vida cristã é um bonum certamen (bom combate) que deve ser batalhado “pelo bom soldado de Jesus Cristo” (II Tm. 2, 3). “Revesti-vos da armadura de Deus ‒ diz ele ‒, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever” (Ef 6, 11ss).
E ainda: “Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno. Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus.” (Efésios 6, 14-17).
O espírito da Cruzada e do martírio têm uma origem comum na dimensão profunda da guerra espiritual. O martírio, como o sofrimento, pressupõe o combate.
A própria vida de Jesus Cristo pode ser considerada como uma batalha constante contra o conjunto das forças hostis ao reino de Deus: o pecado, o mundo e o diabo.
Que a vida do cristão seja uma luta é um dos conceitos que com maior frequência ressoa no Novo Testamento, onde lemos: “Suporta comigo os trabalhos, como bom soldado de Jesus Cristo. Nenhum soldado pode implicar-se em negócios da vida civil, se quer agradar ao que o alistou. Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras.” (II Tm. 2, 5). O Evangelho, aliás, em seu genuíno sentido original, é a proclamação de uma vitória militar, neste caso a vitória de Cristo sobre o mal e os poderes das trevas.”
Cfr. Prof. Roberto de Mattei, “Il Foglio”, 08/06/2010, apud Corrispondenza Romana, 08/06/ 2010).

6. A Primeira Cruzada
Da primeira Cruzada, realmente organizada participaram Godofredo de Bouillon, Duque de Lorena, Raimundo Saint-Gilles, Conde de Tolosa, Balduíno de Flandres, os normandos Boemundo de Tarento e Tancredo de Siracusa, além do irmão do rei Felipe I da França, o conde Hugo de Vermandois. Como legado do Papa, partiu Ademar de Monteil, Bispo de Puy.
Após vários combates, em que a cavalaria cristã despertou a admiração dos adversários, os cruzados entraram em Jerusalém em 16 de junho de 1099. Godofredo de Bouillon recusou o título de rei, dizendo “que não queria ser coroado com ouro onde Cristo tinha sido coroado com espinhos”. Foi nomeado Guarda do Santo Sepulcro. Ouçamos as palavras dele mesmo, pedindo ajuda :
“Conclamamos a todos os senhores da Igreja Católica de Cristo e de toda a Igreja latina a exultaram com a admirável bravura e devoção de vossos irmãos.
Com a gloriosa e tão desejável recompensa de Deus onipotente, e com a muito e devotamente esperada remissão de nossos pecados pela graça de Deus.
E rogamos que Ele faça com que todos vós –bispos, clero e monges de vida devota, e todo o laicato – se sentem à mão direita de Deus, que vive e reina por todos os séculos dos séculos. E vos pedimos e rogamos em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que permanece sempre conosco e nos livra de todas as tribulações, que cuidem bem de nossos irmãos que a vós retornam, fazendo-lhes gentilezas e pagando suas dívidas, para que Deus os recompense e absolva de todos os vossos pecados e vos conceda uma participação nas bênçãos que nós e eles temos merecido diante do Senhor. Amém. Laodicéia, Setembro de 1099”
Com capital em Jerusalém, expandiu-se por outras cidades : Edessa, Antioquia, Trípoli, Tiberíades a conquista dos cruzados na Palestina, governando-as como feudos de Jerusalém, originando o Reino Latino-Cristão do Oriente. Estava garantida a posse da terra Santa e livre a rota para todos os peregrinos.