Oração de Santa Gertrudes

Nosso Senhor disse a Santa Gertrudes, a Grande, que a seguinte oração libertaria 1000 almas do purgatório cada vez que a mesma fosse rezada. Esta oração foi extensiva também a pecadores ainda em vida.
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Eterno Pai, Ofereço-Vos o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o mundo; por todas as Santas almas do purgatório, pelos pecadores de todos os lugares, pelos pecadores de toda a Igreja, pelos de minha casa e de meus vizinhos. Amém.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

1960: O ano decisivo para a Igreja e o mundo - O Terceiro Segredo


Nunca houvera pendente uma questão mais comprometedora, nem mesmo o Papa havia tratado de algo tão importante com seus colaboradores, como o assunto da agenda naquela manhã de fevereiro de 1960.

Desde sua eleição ocorrida pouco mais de um ano, sua santidade João XXIII — a quem não tardou ser denominado como “João o Bom” — havia trasladado a Santa Sé, o governo pontifício e a maior parte do mundo diplomático e religioso exterior a uma nova órbita. Agora, parecia querer levar também o mundo.
Aos seus setenta e sete anos no momento de sua eleição, aquele indivíduo de aspecto campesino e bonachão fora eleito papa interino, como dignitário inofensivo cujo breve mandato serviria para ganhar tempo — quatro ou cinco anos segundo suas previsões — até encontrar-se o sucessor adequado, que dirigiria a Igreja durante a guerra fria.
Mas aos poucos meses de sua nomeação e ante o assombro geral, havia inaugurado seu reinado com a surpreendente convocação de um concílio ecumênico. A bem da verdade, quase todos os funcionários vaticanos, incluindo os conselheiros chamados a participar naquela reunião confidencial — nas salas pontifícias do quarto piso do palácio apostólico —, estavam sumamente atarefados com os preparativos do dito concílio.
Com a franqueza que lhe caracterizava, o papa compartilhava suas opiniões com um punhado de homens eleitos a tal fim: aproximadamente uma dezena de importantes cardeais, assim como certo número de bispos e clérigos da Secretaria de Estado. Estavam presentes dois experientes tradutores portugueses.
— Devemos tomar uma decisão — declarou sua santidade em tom confidencial —, e é preferível que não o façamos sozinhos.
O assunto, disse-lhes, dizia respeito a uma carta já famosa em todo o mundo, recebida por seu predecessor no trono de São Pedro. As circunstâncias da referida carta eram tão conhecidas, prosseguiu, que apenas necessitavam um mínimo esboço.
Fátima, em outra época um dos povoados mais desconhecidos de Portugal, havia saltado repentinamente à fama em 1917 como o lugar onde três jovens campesinos, duas meninas e um menino, haviam recebido seis visitas, ou visões, da Virgem Maria.
Como a muitos milhões de católicos, os presentes naquela sala sabiam que a Virgem havia confiado três segredos às crianças de Fátima. Todos sabiam também que, como lhes havia prognosticado o ente celestial, duas das crianças haviam morrido na infância e somente a maior, Lúcia, sobrevivera. Era do conhecimento geral que Lúcia, então monja de clausura, revelara há muito tempo os dois primeiros segredos de Fátima. Mas segundo Lúcia, era vontade da Virgem que fosse o papa reinante em 1960 quem deveria dar a conhecer o terceiro segredo e que, simultaneamente, o mesmo papa organizasse uma consagração mundial da “Rússia” à Virgem Maria. Dita consagração equivaleria a uma condenação pública em âmbito mundial da União Soviética.
Se a consagração fosse feita, sempre segundo Lúcia, a Virgem prometera que a “Rússia” se converteria e deixaria de ser uma ameaça. No entanto, se o papa reinante em 1960 não atendesse seu pedido, a “Rússia espalharia seus erros por todas as nações”, causando muito sofrimento e destruição, e a fé da Igreja se corromperia a tal ponto que em Portugal se conservaria intacto o “dogma da fé”.
Durante sua terceira aparição em Fátima em julho de 1917, a Virgem prometera selar seu mandato com uma prova tangível de sua autenticidade como mensagem divina. No dia 13 de outubro daquele mesmo ano, exatamente ao meio-dia, haveria um milagre. De fato, naquela hora daquele dia, em presença de setenta e cinco mil pessoas, algumas procedentes de lugares muito distantes, inclusive periodistas e fotógrafos, cientistas e céticos, além de numerosos clérigos perfeitamente confiáveis, todos presenciaram um milagre assombroso.
O sol violou todas as leis naturais imagináveis. Depois de interromper um persistente temporal, que deixara a todos os presentes empapados de água e transformado aquele remoto lugar em um verdadeiro atoleiro, o sol se pôs literalmente a bailar no céu. Lançou à terra um espetacular arco-íris. Desceu até que parecia inevitável que cairia sobre a multidão. Logo, com a mesma velocidade, regressou à sua posição normal e brilhou com sua luminosidade de costume.
Todos os presentes estavam atônitos. A roupa da multidão estava tão seca como se acabasse de sair da tinturaria. Ninguém sofrera nenhum dano. Todos viram o sol bailar, mas somente as crianças viram a Virgem.
— Creio que é evidente — disse o bom papa João antes de tirar de uma caixa alguma coisa semelhante em tamanho a um maço de cigarros, que estava sobre uma mesa junto a ele —, a primeira coisa que devemos fazer esta manhã.
Uma onda de emoção envolveu seus conselheiros. O motivo de sua presença era, por conseguinte, ler em privado a carta secreta de Lúcia. Não era um exagero afirmar que dezenas de milhões de pessoas no mundo inteiro esperavam que “o papa reinante em 1960” revelasse as partes do terceiro segredo tão bem guardado até então e obedecesse ao pedido da Virgem. Com essa ideia presente em mente, sua santidade sublinhou o exato e literal do termo “privado”. Com certeza de que sua advertência a respeito do terceiro segredo estava clara, o Santo Padre entregou a carta de Fátima aos tradutores portugueses, que traduziram o texto secreto de viva voz ao italiano.
— Bem — disse o papa quando a leitura foi concluída, assinalando imediatamente a decisão que preferia não tomar a sós —, devemos ter em conta que desde agosto de 1959 temos mantido umas delicadas negociações com a União Soviética. Nossa aspiração é que pelo menos dois prelados da Igreja ortodoxa assistam a nosso concílio.
O papa João dizia frequentemente “nosso concílio” para referir-se ao vindouro Concílio Vaticano.
Que deveria fazer?, perguntou sua santidade aquela manhã. A providência elegera a ele como “papa reinante em 1960”.
No entanto, se obedecesse ao que a Irmã Lúcia descrevia claramente como mandato da Rainha dos Céus, se ele e seus bispos declarassem pública, oficial e universalmente que a Rússia estava atormentada por erros perniciosos, arruinaria sua iniciativa soviética. Mas além de seu ardente desejo de que a igreja ortodoxa estivesse representada no concílio, se o sumo pontífice utilizasse sua plena autoridade papal e sua hierarquia para obedecer ao pedido da Virgem, equivaleria a catalogar como criminosa a União Soviética e a Nikita Kruschev, seu ditador marxista vigente. Arrastados pela ira, os soviéticos não tomariam represálias? Não seria o papa responsável por uma nova onda de perseguições e pela morte de milhões de pessoas a toda União Soviética, seus satélites e países ocupados?
Para enfatizar o que lhe preocupava, sua santidade ordenou que se lesse novamente uma parte da carta de Fátima. Viu-se compreensão, e em alguns casos alarme, em todos os rostos que estavam ao seu redor.
Se os presentes compreendiam com tanta facilidade a passagem chave do terceiro segredo, perguntou, também os soviéticos não entenderiam com a mesma facilidade? Não extrairiam do mesmo a informação estratégica que lhes outorgaria uma vantagem indubitável sobre o mundo livre?
— No entanto podemos celebrar nosso concílio, mas...
Não foi necessário que sua santidade concluísse a frase. Agora tudo estava claro. A publicação do terceiro segredo teria repercussões em todo o mundo. Perturbaria gravemente aos governos amistosos.
Alienar-se-ia os soviéticos por um lado e se lhes brindaria ajuda estratégica por outro. O bom papa devia tomar uma decisão fundamental a nível geopolítico.
Ninguém duvidava da boa fé da irmã Lúcia, mas vários conselheiros assinalaram que havia transcorrido quase vinte anos desde 1917, quando ela ouvira as palavras da Virgem, e o momento de escrever a carta, a metade dos anos trinta. Que garantia teria o Santo Padre de que o tempo não lhe houvesse ofuscado a memória? Que garantia existia de que três jovens campesinos analfabetos, nenhum dos quais havia completado naquela época os doze anos, teriam transmitido com precisão uma mensagem tão complexa? Não poderia haver entrado em jogo certa fantasia devocional infantil? Tropas da União Soviética penetraram em Espanha para participar da guerra civil e lutavam a poucos quilômetros do lugar onde Lúcia escrevera sua carta. As palavras de Lúcia não teriam sido influenciadas pelo próprio medo dos soviéticos?
Uma voz discordante emergiu no consenso que se formava. Um cardeal, jesuíta alemão amigo e confessor predileto do papa até o último momento, não pode guardar silêncio ante tal degradação do papel da intervenção divina. Uma coisa era os ministros dos governos seculares abandonarem os aspectos práticos da fé, mas com toda segurança era claramente inaceitável que o fizessem também os clérigos encarregados de assessorarem o Santo Padre.
— A decisão que aqui se deve tomar — declarou o jesuíta — é simples e clara. Ou bem aceitamos esta carta, obedecemos suas instruções e esperamos logo suas consequências, ou sinceramente a rechaçamos. Esquecemos o assunto. Guardamos a carta em segredo como relíquia histórica, seguimos adiante como até agora e, por decisão própria, nos afastamos de uma proteção especial. Mas que nenhum dos presentes duvide de que falamos do destino da fé da humanidade.
Apesar da confiança que à sua santidade inspiravam a experiência e a lealdade do cardeal jesuíta, a decisão foi desfavorável à Fátima.
— Questo non é per i nostri tempi (Isto não é para nossos tempos) — disse o Santo Padre.
Poucos dias depois, o cardeal leu em um dos periódicos o breve comunicado publicado pela Oficina de Imprensa do Vaticano. Suas palavras ficariam gravadas permanentemente em sua mente, como rotunda desobediência à vontade divina.
Para o bem da Igreja e o bem-estar da humanidade, dizia o comunicado, a Santa Sé decidiu não publicar neste momento o texto do terceiro segredo. “... A decisão do Vaticano se apoia em várias razões. Primeira: a irmã Lúcia ainda vive. Segunda: o Vaticano conhece o conteúdo da carta. Terceira: apesar de que a Igreja reconhece as aparições de Fátima, não se compromete a garantir a veracidade das palavras que três pequenos pastores asseguram terem ouvido de Nossa Senhora. Ante tais circunstâncias, é sumamente provável que o segredo de Fátima permaneça permanentemente selado.”
— Ci vedremo (Já o veremos) — disse o cardeal, depois de ler o comunicado.
Conhecia o procedimento. A Santa Sé intercambiaria umas palavras amistosas com Nikita Kruschev, e o sumo pontífice celebraria seu concílio, ao qual assistiriam os prelados ortodoxos da União Soviética. Mas ficava por responder se sua santidade, o Vaticano e a Igreja agora padeceriam as consequências prometidas por Fátima. 
Ou considerada em termos geopolíticos, a pergunta era se a Santa Sé havia se submetido à “nova Europa dos diplomáticos e dos políticos” [e arquitetos da nova ordem mundial], como havia prognosticado Pio XII, o predecessor do bom papa.
— Naquele momento — declarava o decrépito ancião —, realmente começariam os infortúnios da Igreja.
— Logo veremos.
Daquele momento em diante, o cardeal não tinha outra escolha senão aceitar os acontecimentos. De qualquer maneira, seria apenas uma questão de tempo.
* * *
Tendo em vista a grave crise interna e externa da Igreja que se arrasta nesses últimos cinquenta anos e a consequente perda de fé que caracteriza nossos tempos, consideramos o presente relato merecedor de nossa reflexão. Pe. Malachi Martin, como assessor do cardeal jesuíta confessor do Papa (Cardeal Augustin Bea) esteve presente nessa mesma manhã supracitada em que ficou decidido pelo Papa João XXIII e seus assessores que, apesar do reconhecimento oficial da Igreja sobre a aparição de Fáima, o Terceiro Segredo não deveria ser revelado em 1960, conforme pedira a Santíssima Virgem em resposta do Céu à súplica do Santo Padre Bento XV, em 1917 (cf. Quando o Papa suplicou, a Santíssima Virgem respondeu ).
Não é descabido supor que o Vaticano tenha publicado apenas a "visão" do Terceiro Segredo que a Santíssima Virgem revelou às crianças em Fátima [cf. A Mensagem de Fátima, divulgado pela Congregação para a Doutrina da Fé ], mas não a explicação do mesmo, conforme a Virgem fizera à Lúcia no primeiro e no segundo segredos. Pois bem, Pe. Martin, ao que parece, teve acesso a esse segundo texto, conforme indicam suas declarações a seguir.
Em uma entrevista em 1995 Pe. Malachi Martin, afirma: "...eu tive o privilégio de ler [o Terceiro Segredo] e eu estou sob juramento para não revelar os detalhes exatos, uma vez que ele não é um documento agradável. É um documento muito desagradável para ler, e é aí que a questão Fátima ainda é importante no momento presente [1995]." Pe. Martin revela que o Terceiro Segredo foi: " ... uma descrição das misérias, desastres, que se realizariam se certas condições [condições estipuladas no Terceiro Segredo para serem realizadas por um Papa] caso não fossem atendidas O Papa de 1960, João XXIII, recusou-se a atender essas condições e, portanto, como dizem, estamos agora no "ou"... “ou”... [isto é, ou satisfazer a condição ou sofrer um castigo] Assim, os castigos, esses desastres previstos no Terceiro Segredo estão prestes a serem desatados a todos nós de acordo com a doutrina de Fátima. " O entrevistador então pergunta o que o Terceiro Segredo tem a ver com a "Nova Ordem Mundial". Pe. Martin responde: "Bem, o Terceiro Segredo, interpretado pelo seu valor nominal, sem entrar em detalhes sobre isso, implica que a "Nova Ordem Mundial", que está sendo instalada, e, na verdade, entre você, eu e o Espírito Santo, Michael [entrevistador], está sendo instalada em suas grandes linhas agora. Mas é definitivamente algo que não vai durar, e que é inaceitável a Deus. "... O Terceiro Segredo implica isto [a Nova Ordem Mundial] é exatamente o oposto do Reino de Deus.
Em 1998 o Pe. Martin concedeu outra entrevista em rádio[1]:
Entrevistador Art Bell: "Não muito tempo atrás, alguém me enviou o que eles disseram ser o Terceiro Segredo de Fátima. Você leu o Terceiro Segredo?"
Pe. Malachi Martin: "No início de 1960 — antes de ler eu tive que fazer um voto de não revela-lo. Seria um choque, sem dúvida, alguns tornar-se-iam muito irritados”.
Art Bel: (comenta-se sobre uma suposta versão do Terceiro Segredo que apareceu no jornal alemão, Neues Europa, em 1963).
Pe. Malachi Martin: “Não é o texto que foi dado a ler em 1960. Há elementos nele que pertencem ao texto do Terceiro Segredo — e essa é a resposta mais comedida que eu poderia dar sobre o verdadeiro Segredo que é muito mais traumático do que o que você acabou de ler. O elemento central é horrível — ...não é o que você acabou de ler”.
Art Bell: “Deve ser revelado?”
Pe. Malachi Martin: “Eu sou um homem pequeno, mas eu não tenho nenhuma autoridade para fazer isso e não posso tomar esse decisão... teria efeitos tão terríveis, muito mais do que para os cristãos. O Cardeal que me mostrou estivera presente numa reunião com o Papa João XXIII para decidir com um determinado número de Cardeais o que deveria ser feito com o segredo. Ele, João XXIII, pensava que revela-lo poderia arruinar suas negociações em curso com Kruschev e o Kremlin. Além disso, ele tinha uma visão diferente da vida, que dois anos depois ele repetiu de forma muito sucinta, e quase desdenhosa. Em 11 de outubro de 1962, na abertura do Concílio Vaticano II em São Pedro, ele ridicularizou e desprezou as pessoas de quem ele chamou de ‘os profetas da desgraça’, e não havia nenhuma dúvida em nossas mentes que ele estava falando sobre a profecia de Fátima. Ele era contra isso. O que está no segredo é mais horrível do que o que você acabou de ler: essencialmente, a investida dos poderes naturais... catástrofes terríveis, castigos, e isso não é a essência do Terceiro Segredo, não é o assustador”.
Art Bell: “Eu entendo, seria um choque para as pessoas”.
Pe. Malachi Martin: “Eu não tenho nenhuma autoridade, nenhum anjo bateu no meu ombro, eu posso estar metendo os pés pelas mãos... Além disso, é uma questão de choque, de assustar as pessoas, de dividir a sociedade. Eu não posso fazer isso... isso encheria os confessionários na noite de sábado e encheria as igrejas com penitentes batendo em seus peitos”.
Art Bell: "Que peso você dá para as revelações de Fátima?”
Pe. Malachi Martin: “Eu considero Fátima como o evento chave para a ventura ou o declínio da organização católica para o futuro próximo da Igreja no terceiro milênio, o evento a definir... Em Roma há homens entre os grandes... com força de vontade, todas as suas vidas envolvidas em macro-governo, não apenas na religião, mas em estado de... Eles não iriam levar isso adiante... o próprio Papa João Paulo II é um ardente defensor de um governo mundial... Ele quer trazer a sua marca do Cristianismo, é claro. Ele disse para a ONU: ‘Eu sou um membro da humanidade". Isto já não é Pio IX e Pio X (que disseram) "Eu sou o vigário de Cristo". A realeza de Cristo está completamente ausente... Eu imagino que a pessoa que escreveu o que você leu para mim estava a par do texto original - sim - pelo menos de boca em boca".
Art Bell: "Se eu lesse o texto correto você concordaria que seria o correto?”
Pe. Malachi Martin: "Sim, eu, eu não iria mentir".
Art Bell: "Então você não reconhece o que eu li".
Pe. Malachi Martin: “Não como parte de uma folha de papel”.
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(*) O presente excerto está contido no livro escrito por Pe. Malachi Martin, Windswept House: A Vatican Novel (A Casa Varrida pelos Ventos).
Tradução: A. José G. C.


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